Estava sentada,
no alpendre
junto da solidão ...
Sabia que não estava só,
porque não sabia estar doutra maneira
Estranhava tanto o nó
que na sua garganta formava
Virou as palmas das mãos
na esperança de encontrar sentido
Aquilo que nunca tinha sentido,
eram sofrimentos vãos
esses que na sua vida tinha passado
Suspira ...
Se ao menos pudesse sequer relembrar
sem que a loucura se tornasse tão insuportável,
sem que a memória do sucedido
tornasse o seu coração esvaído
em impotência e lágrimas
Mas não chorou,
deixou de olhar nos olhos da luz do dia
Queria lutar, mas sentiu que não conseguia.
Por cada palavra que não proferia,
era capaz de senti-la ecoar na sua alma
Assim ali sentada,
com a calmaria circundante,
decidiu escrever o sucedido
Mesmo que nunca fosse compreendido.
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